Dependência de drogas é doença?

E a respeito do “conceito de doença” da dependência de álcool e outras drogas?

  • Doença é qualquer condição não saudável. Estudos científicos confiáveis têm estabelecido que muitas pessoas portam uma predisposição herdada à dependência de álcool e outras drogas.
    Alcoolismo é uma doença que afeta a condição emocional, psicológica, espiritual, física e social da pessoa, ligada ao uso persistente e excessivo do
    álcool. É uma dependência química que interfere seriamente com a saúde mental, espiritual e física do paciente.



  • Rejeitamos o argumento de que, se doente, o individuo não teve uma escolha na questão e não era, de algum modo, responsável pelas escolhas que levaram à sua condição de dependente. O arrependimento real é essencial para o perdão de Deus e não se resolverá qualquer dependência removendo-se de alguém a responsabilidade pessoal de suas ações. A dependência é resultante da decisão de beber, uma escolha moral mesmo para aqueles com uma história familiar de alcoolismo. O mesmo se aplica ao termo “geneticamente predisposto”. Esse conceito refere-se à condição de algumas pessoas que, por conta de uma estrutura biofísica herdada, criam dependências que rapidamente evoluem para o uso compulsivo e dependência crônica. Há muitos fatores físicos, emocionais e sociais que contribuem para a dependência. Mas a Bíblia é clara em dizer que um pecado habitual resulta em escravidão ou cativeiro.

  • A palavra “escravidão” vinda do grego “douleia” é bem apropriada à condição do dependente, seja de álcool e outras drogas, seja de qualquer outra coisa. Esse termo significa uma condição que, começando em escolhas pessoais, resulta em um estado que suplanta e domina a vontade própria. Exatamente como os escravos nos tempos bíblicos não podiam livrar-se de seu estado de cativeiro, assim é o dependente preso a uma condição da qual não pode escapar por sua própria força. Por isso o nome “dependente”.


Não podemos minimizar o problema, por conta das conseqüências dramáticas e permanentes nos dependentes. Sabemos que Deus é capaz de livrar as pessoas de sua compulsão e das conseqüências emocionais, psicológicas, sociais, espirituais e físicas dessa condição. Mas a escravidão a um dado comportamento vai muito além de um simples hábito. Depois que um dependente é salvo e pára de agir segundo sua compulsão ele deve resolver problemas remanescentes de um modo de vida dominado pela dependência. Usualmente, sem ajuda apropriada, o dependente ou recairá ou desenvolverá algum outro comportamento compulsivo. A combinação equilibrada das percepções das pesquisas científicas quanto a essas dinâmicas com os princípios bíblicos pode equipar-nos a melhor ajudar os dependentes e suas famílias.